De acordo com a fotógrafa/artista, Lidia Arriagada-Garcia: "Seja passeando pela Velha Havana ou se aventurando em Viñales, no interior do país, Cuba recebe seus sentidos com uma notável exibição de cores. As tonalidades vibrantes, em contraste com as paredes e fachadas texturizadas e em ruínas, são inegavelmente cativantes. No entanto, em meio a esse banquete visual e à encantadora excentricidade dos carros americanos antigos, uma dura realidade vem à tona: a presença duradoura do embargo.

A luta econômica é palpável, mas, apesar das dificuldades, os cubanos se comportam com um notável senso de dignidade, com a cabeça erguida, agarrando-se à esperança de dias melhores à frente.

O fascínio de Cuba vai muito além de sua música vibrante, rum renomado e charutos icônicos, ou mesmo de suas realizações notáveis e mundialmente reconhecidas em saúde e educação. O que realmente faz de Cuba um lugar cativante, que faz você desejar voltar, é a ternura e o calor do coração de seu povo. O povo cubano enfrentou imensos desafios no último meio século; sua luta contínua é evidente em todas as ruas. No entanto, apesar de tanta privação, somos envolvidos por uma sensação doce e inebriante de resiliência e orgulho."

A Images For Inclusion tem a honra de apoiar os esforços dedicados de Lidia Arriagada-Garcia para levar essas perspectivas cruciais a um público mais amplo. O compromisso de Lidia, muitas vezes envolvendo sacrifícios pessoais para compartilhar suas obras de arte, resultou em exposições dessas fotografias em diversos ambientes. Aqui na cidade de Nova York, essas obras de arte foram exibidas em vários espaços públicos, envolvendo uma ampla seção transversal de nossa comunidade. Sua travesía para o reconhecimento internacional, especialmente para sua exposição de estreia em Londres em 2016, não foi isenta de desafios. Esse marco significativo foi alcançado não apenas com o apoio da Images for Inclusion, mas também com a pura perseverança de Lidia, a assistência competente de pessoas que ajudaram com a impressão elegante, a montagem perfeita em plexiglass e a moldura profissional - várias delas em um estilo de moldura flutuante - e a generosidade crucial das doações, principalmente no início, para cobrir as despesas iniciais de viagem e a moldura para essa primeira exposição em Londres.

Além de Nova York, seu trabalho foi exibido em galerias de arte em Londres, alcançando entusiastas da arte internacionais. O foco das obras de arte não está apenas no apelo estético da fotografia. Além da semelhança de beleza e qualidade por si só - aprimorando ainda mais a apresentação das imagens sedutoras nelas contidas - elas servem como um lembrete pungente do duradouro embargo econômico dos EUA e seu impacto na vida diária do povo cubano. Essas obras de arte fizeram parte de exposições de arte internacionais impactantes em Praga, na República Tcheca, e em Veneza, na Itália, onde foram vistas por um público global diversificado, provocando conversas sobre o assunto, gerando reflexão e diálogo.

Por meio dessas exposições, nosso objetivo é promover a conscientização e cultivar a solidariedade em relação a um assunto muitas vezes ignorado. Como Lidia indicou, "o objetivo é proveer uma oportunidade para refletir sobre as lutas e os sacrifícios sociopolíticos passados e presentes de Cuba, especialmente à luz do embargo econômico dos EUA. Essas imagens têm o objetivo de incentivar o pensamento crítico entre aqueles que as veem, inspirando neles o desejo de aprender e entender as complexidades da realidade enfrentada por Cuba". Portanto, as fotografias, aprimoradas pelo ponto de vista do artista, proveer uma lente diferente, que convida a olhar e a se envolver em uma conversa visual além da beleza - ou seja, as imagens têm a intenção de ir além da estética e incentivar os espectadores a aprender e analisar criticamente as realidades da vida em Cuba.

Cristian Contini, um galerista de arte de renome internacional, vendo a exposição de Cuba.